segunda-feira, 25 de julho de 2011

Suicídio endógeno em cirurgia plástica - Por Evaldo A D'Assumpção - Belo Horizonte - MG

(Enviado por e-mail pela Dra. Sandra Bellizzi)


Suicídio endógeno em cirurgia plástica

Evaldo A D'Assumpção - Belo Horizonte - MG

Durante longos anos a cirurgia plástica foi uma especialidade vista com grande respeito e admiração pelos médicos e pela população. Não só no Brasil como em todo o mundo.
Nascida do desejo de reconstruir pessoas mutiladas, seja por trauma, seja por doenças adquiridas, seja por malformações congênitas, a cirurgia plástica evoluiu para aquilo que hoje se chama impropriamente de cirurgia estética: um ramo da especialidade que seria voltada apenas para o embelezamento das pessoas.
Já tendo discutido esse assunto inúmeras vezes, nele não vamos nos deter. Apenas ressaltamos que NÃO existe uma cirurgia estética. Todas as cirurgias apresentadas sob essa denominação têm, no seu âmago, um componente reconstrutor. Se não do corpo, pelo menos da alma. Quem procura ficar com aparência mais jovem, ou ter seu nariz melhor delineado, ou levantar suas mamas caídas, ou ainda retirar nódulo acúmulos gordurosos localizados e inestéticos, não procura somente a beleza física, mas, sobretudo, uma restauração de seu interior, mutilado pela alteração de seu esquema corporal. Que pode ter acontecido pela ação do tempo, tanto quanto pelas condições ambientais, alimentares ou químicas (remédios, tabaco, álcool ou drogas).
Por outro lado, também as cirurgias chamadas de reparadoras ou reconstrutoras, têm sempre o seu lado estético. Não tratamos um queimado, nem um grave traumatismo de face, nem uma criança com fissura labial só pela reparação funcional. O verdadeiro cirurgião plástico cuida de tudo isso, mas sem perder de vista o aspecto estético que procurará restaurar da melhor maneira que lhe for possível.
Assim, poder-se-ia dizer: "cirurgia plástica com objetivos especialmente estéticos" e "cirurgia plástica com objetivos especialmente reparadores" onde um nunca exclui o outro.
Apesar de tudo, nos últimos tempos a cirurgia plástica tem abandonado a intimidade dos consultórios para se expor, quase sempre de modo ridículo e antiético, nas diversas formas da mídia, quase sempre num trabalho voraz de marketing, numa frenética garimpagem de novos clientes.
Com isso, o público leigo – e até a classe médica fora da especialidade – passa a ter, da cirurgia plástica, uma visão dessacralizada. Como se esse trabalho fosse apenas uma sucursal de salões de beleza. E, o que é muito pior, como alguma coisa sem maiores riscos ou limitações.
Em conseqüência, multiplicam-se os insucessos, as complicações, os maus resultados e os processos jurídicos contra cirurgiões plásticos. Alguns deles, sem dúvida bastante justos.
Contudo, uma das complicações mais desastrosas – a morte do paciente – por vezes nada tem a ver com a imperícia, imprudência ou a negligência do cirurgião. Mas, independentemente disso, seus efeitos negativos explodem com muito mais intensidade do que quando ocorre em outras especialidades.
Investigando outras áreas da literatura, especialmente a psicologia e a tanatologia, encontramos alguns dados que precisam ser mais bem conhecidos e, especialmente estudados em nossa especialidade. Trata-se daquilo que denominamos de "suicídio endógeno".
Shekelle e colaboradores, em trabalho publicado na revista "Psichosomatic Medicine", de abril de 1981, afirmam que depressão e sentimento de desesperança estão fortemente relacionados com o aparecimento de câncer, através de uma depressão do sistema imunitário do paciente, em nível de consciente profundo (o "inconsciente", de Freud). James Paget, que descreveu uma das formas mais comuns de câncer de mama, afirmava a mesma coisa, já em 1870.
Everson, na mesma publicação, porém em 1996, confirmou as pesquisas de Shekelle, afirmando que a desesperança é muito mais forte do que a depressão na ocorrência de suicídios.
Stephanie Simonton, colaboradora de Carl Simonton em seu livro "Com a vida de novo", afirma que: "Cada um de nós tem a sua participação na saúde e na doença, a todo o momento, através de nossas convicções, nossos sentimentos e nossas atitudes em relação a nossa vida".
Levando em conta a afirmação de Erich Fromm que dizia: "A mente é a benção e a maldição do ser humano", podemos imaginar o que pode acontecer quando uma pessoa, trazendo dentro de si e sem qualquer manifestação exterior, um elevado grau de desesperança diante dos problemas que enfrenta, se propõe a fazer uma cirurgia plástica. Geralmente um procedimento que, espera-se, seja o desejo de quem ama a vida e quer estar melhor consigo mesma para usufruí-la.
Contudo, desesperançada e, quem sabe deprimida, procura a cirurgia plástica para nela, durante ou após a cirurgia, bloquear internamente seus mecanismos de defesa e, com isso alcançar a morte de forma socialmente aceita e sem os traumas psicológicos e religiosos que poderia enfrentar ou deixar, numa tentativa de suicídio exógeno, clássico.
Por se tratar de mecanismos internos, não conscientes, esse comportamento pode passar despercebido à maioria dos cirurgiões plásticos, quase sempre mais preocupados com os aspectos estéticos, quem sabe com as condições físicas do paciente, e às vezes até mesmo com os bons resultados financeiros que poderão advir de seu trabalho.
Quantas mortes – e já acompanhamos algumas, ocorridas com pacientes de colegas – que ficaram sem uma explicação adequada, mas que trouxeram sofrimentos e grandes aborrecimentos para a família e especialmente para a equipe cirúrgica.
A essas mortes damos o nome de "suicídio endógeno". Que poderiam ser evitadas se o cirurgião plástico, em sua consulta inicial, procurasse investigar o estado emocional do seu paciente, em busca de razões para uma depressão ou, o que é pior, um estado de total desesperança, mascarado pelo desejo tão justo de querer melhorar seu aspecto físico.

Todo cirurgião plástico deve procurar ter uma boa formação em psicologia. Fica o alerta.

domingo, 24 de julho de 2011

O que Publicam os Principais Jornais e Revistas do País, neste domingo

O Globo

Manchete: Demissões não eliminam foco de corrupção no Dnit
Montado para impedir fiscalização, órgão tem 150 diferentes redes de dados

Para mudar o Ministério dos Transportes e pôr fim a esquemas de corrupção em órgãos como o Dnit não bastará demitir dirigentes, como tem feito a presidente Dilma. Com uma engrenagem azeitada para impedir a fiscalização, o Dnit tem uma gestão caótica e procedimentos desenhados para esconder a corrupção. Há mais de 150 sistemas diferentes de informação na sede e nas 23 superintendências regionais, o que dificulta qualquer controle. Consultores terceirizados entregam projetos de engenharia de baixa qualidade e sem assinar, o que resulta em obras com múltiplos termos aditivos para ampliar custos e prazos. Um plano de gestão e ética, feito por funcionários, chegou a ser levado ao diretor-geral afastado Luiz Antônio Pagot, propondo cobrança de resultados como na iniciativa privada, mas foi engavetado. (Págs. 1 e 3)
Noruega busca razões do massacre
Em estado de choque após dois atentados que fizeram pelo menos 91 mortos, a Noruega tenta entender as razões do terrorista, um extremista norueguês sem vínculos aparentes com grupos radicais. (Págs. 1 e 44)
Gasto com frota da PM compraria 1.200 carros
Os gastos do estado com a manutenção terceirizada de carros da PM – R$ 47 milhões – seriam suficientes para triplicar a frota. O Ministério Público investiga indícios de superfaturamento no negócio. (Págs. 1 e 18)

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Folha de S. Paulo

Manchete: Rodoanel deixa rastro de ‘órfãos’ depois das obras
Mulheres de bairros carentes vizinhos à construção em São Bernardo tiveram filhos com operários que depois sumiram

Dezenas de mulheres, muitas adolescentes, engravidaram nos três anos em que cerca de 4.000 operários do trecho sul do Rodoanel viveram perto da obra, informam Cristina Moreno de Castro e Adriano Brito. De 2007 a 2010, eles moraram em seis bairros carentes de São Bernardo do Campo.

Em 2008, com os alojamentos cheios de operários, cresceu 31% o total de grávidas na cidade – e 61% o de gestantes menores de 20 anos. “Foram muitos problemas trazidos pelo Rodoanel. Muitas crianças órfãs, porque o pai sumiu”, afirma Evaldo carvalho, que é líder comunitário na região. (Págs. 1,Cotidiano C1)
BNDES opta por participação em grande empresa
Levantamento da Folha mostra que sete em cada dez das principais empresas nas quais o BNDES tinha participação acionária em 2010 estão entre as 300 maiores por faturamento no país.

Essa preferência pelas grandes tem gerado críticas de especialistas. (Págs. 1 Mercado B1)
Noruega apura motivação política nos dois atentados
Autoridades da Noruega investigam a possível motivação política nos ataques em Oslo e na ilha de Utoeya.

O número de mortos subiu para 92 –85 em tiroteio na ilha, do evento da juventude de Partido Trabalhista, e 7 na explosão de bomba perto da sede do governo, duas horas antes. (Págs. 1, Mundo A19).
Avião da TAM foi ofertado a Teixeira
Perto de patrocinar a seleção, a TAM propôs vender a Ricardo Teixeira, da CBF, um avião novo, aceitando um usado dela própria como parte da quitação, relatam Elvira Lobato e Julio Wiziack. Oferta não influenciou patrocínio, dizem TAM e Teixeira. (Págs. 1, Esporte)
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O Estado de S. Paulo

Manchete: Expansão de universidades federais tem 53 obras paradas
Empreiteiras abandonam construções em 20 instituições; MEC reclama da legislação

O Ministério da Educação tem hoje quase 2 milhões de metros quadrados em obras nas universidades federais. A expansão e renovação das instituições, porém, está com 53 obras paradas em 20 diferentes universidades. São moradias estudantis, laboratórios e salas de aula que ainda não estão prontas. O ministério diz que construtoras e empreiteiras responsáveis pelas obras abandonaram canteiros, faliram ou ficaram sem recursos para cumprir seus compromissos.
O ministro Fernando Haddad (Educação) reclama das dificuldades que o governo e as instituições têm para cancelar os contratos quando há abandono das obras. "A legislação é muito desfavorável ao setor público". (Págs. 1 e A23)
“Faxina” mira braços do Dnit nos Estados
Depois de completar a “faxina” no Ministério dos Transportes, o governo federal pretende fazer um trabalho semelhante nas superintendências estaduais do Departamento Nacional de Infraestrutura dos Transportes (Dnit). Em todo o País, o Dnit tem 23 superintendências, e pelo menos 15 apresentam problemas como corrupção, superfaturamento de obras, fraude em licitações e tráfico de influência. (Págs. 1 e A4)
Encargo trabalhista já é um terço dos custos com mão de obra
Estudo da Fiesp mostra que os encargos sobre a folha de salários no Brasil já correspondem a 32,4% dos custos com mão de obra na indústria. Trata-se do valor mais alto de toda a amostra, superior à média dos 34 países estudados (21,4%). Na Europa, o peso é de apenas 25%. ( Págs. 1, B1 e B4)
Roberto Romano
Segredo e bandalheira

A luta pela transparência, que muitos fingem conduzir, não passa de “bravata”. O segredo embaralha interesses privados e assuntos de governo. (Págs. 1 e A2)

Notas & Informações
O bloco do Euro continua

E poderá continuar desfilando com 17 integrantes se a Grécia aproveitar e vencer a crise. (Págs. 1 e A3)
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Correio Braziliense

Manchete : Maldição dos 27 cala a voz do século 21
Amy Winehouse * 14/09/1983 + 23/07/2011

Uma tragédia anunciada. A cantora e compositora britânica foi encontrada morta no chão de casa em Londres. Com apenas oito anos de carreira e dois álbuns, Amy Winehouse segue a sina de ícones como Jim Morrison, Janis Joplin, Jimi Henrix e Kurt Cobain. Todos com uma conturbada trajetória que envolvia altas doses de álcool e drogas. A autópsia está prevista para hoje. (Págs. 20 e 21)
PF investiga indenizações à beira das estradas
Há suspeita de que pessoas poderiam ter sido pagas para invadir áreas da União, prática facilitada pela omissão do Dnit, conforme constatou o Correio. Reportagem percorreu quatro regiões do país. (Págs. 2 e 3)
O drama de quem vai perder a casa por causa da Copa
(Págs. 8 a 10)
O país onde mulher negra não tem vez
Desemprego entre homens brancos no Brasil é de 4,4%, menor que a média nacional. Entre elas, o índice mais que dobra: salta para 9,2% (Págs. 12 e 13)
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Estado de Minas

Manchete : Medo, violência e morte no paraíso
A violência mudou o clima de um dos destinos dos mineiros em férias. O número de homicídios dobrou e o de asssaltos cresceu 1.066%, em Porto Seguro e região, no Sul da Bahia. Assaltada em Arraial da Ajuda, no mesmo dia em que morreu a professora Marildes Marinho, da UFMG, a arquiteta Graziela Mansur, com medo, arruma as malas para voltar a BH. (Pág. 1)
Grandes chances nas cidades de médio porte
Beneficiadas por uma onda de investimentos, cidades mineiras de 200 mil a 500 mil habitantes vivem fase de aumento da oferta e da qualidade dos serviços e abertura de faculdades. Montes Claros, Betim e Divinópolis estão entre esses polos atraentes. (Pág. 1)
Falha do Dnit: lotes na beira da estrada (Pág. 1)

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Jornal do Commercio

Manchete : Foragidos do crack recebem proteção (pág. 1)

Médicos deixam de atender pelos planos de saúde (pág. 1)

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Veja

Manchete: Terror no país da paz
O terrorista Anders Behring Breivik, ultranacionalista de 32 anos, preso em Oslo, deixou na internet um rastro de ódio ao multiculturalismo. (pág 1)

Corrupção
O pedreiro “laranja” de 8 milhões de reais e os truques mais usados para roubar nosso dinheiro. (Pág 1)
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Época

Manchete: Agência Nacional da Propina
Época obteve vídeos, cheques e documentos que revelam como o aparelhamento partidário transformou a Agência Nacional do Petróleo numa central de achaque e extorsão. (Pág. 1)
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ISTOÉ

Manchete: Corpo artificial
Instituto de pesquisa dos Estados Unidos anuncia a criação de um fígado humano, e a medicina dá um importante passo para a fabricação de órgãos vitais em laboratório, como já acontece com traqueia, bexiga, rins e até vasos sanguíneos. Como isso pode revolucionar os tratamentos de saúde. (Pág. 1)
Transportes. Documentos do TCU mostram que o ministro Passos mentiu. (Pág. 1)

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ISTOÉ Dinheiro

Manchete: EUA no limite
Com uma dívida de US$ 14,3 trilhões e uma guerra política no Congresso, os Estados Unidos espalham pelo mundo o medo do calote e de mais uma crise econômica global. Saiba como esse cenário afeta os negócios no Brasil. (Pág 1)
Vale: sob fogo cruzado das siderúrgicas. (Pág. 1)

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Carta Capital

Manchete : O Brasil e a crise
O cenário externo piora e impõe novos desafios à economia nacional. (Pág. 1)

Análises de Delfim Netto, Luiz Gonzaga Belluzzo e The Economist. (Pág. 1)
Eleições 2012
Nem Mercadante nem Marta. Lula prefere Haddad. (Pág. 1)
Mídia
O cerco a Murdoch nos dois lados do Atlântico. (Pág. 1)
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EXAME

Manchete : O homem que derrotou Abílio
Após vencer a batalha contra o sócio brasileiro, o francês Jean-Charles Naouri diz que vai fazer valer o acordo que o tornará dono do Pão de Açúcar: "Paguei caro e não vou desistir".

Mas a guerra não acabou: Abílio ainda quer comprar o Carrefour. (Pág. 1)
Especial
De um lado, o governo promove fusões de empresas. Do outro, quer defender o consumidor. A conta não fecha. (Pág. 1)
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Zero Hora

Manchete: Câmaras já criaram 183 vagas de vereador no RS
Cresce no interior mobilização contra lei que permite mais 469 cadeiras em 122 municípios, mas 46 cidades se adiantaram e aprovaram aumento. (Págs. 1, 4 e 5)

A sentença de criminosos que deixam a prisão
No retorno às ruas, ao deixar a cadeia de forma condicional ou provisória, criminosos encontram a morte. (Págs. 1 , 28 e 29)

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